sábado, 20 de agosto de 2011

Sobre coisas que cabem em um mês.



Um dia desses, eis que me invadiu os ouvidos uma melodia nova. Eu jamais poderia dizer o próximo acorde que viria, pois tudo se desdobrava nos mais intricados trechos, novas partes, mudando a cada compasso. Tua música é nova, é rara, é curta, e quase nunca toca nos meus ouvidos. Mas é no mesmo tom da minha. Quem te escreveu assim?

Passo o tempo todo despejando notas na tua melodia. Deixa que eu canto. Gostei de ti assim, instrumental.
Sinto que somos como dois carrosséis que giram em sentidos opostos. Há pouco estávamos lá, enxergando um ao outro de uma distância que podia ser medida com os dedos de uma mão.

"Tá, mas o que cabe em um mês?" - Tu deve estar se perguntando. Um mês foi quase o tempo que eu levei pra te escrever. Quase o tempo que a minha mente demorou pra mudar o curso da minha alma. E pra onde ela vai?
Ainda não sei, mas acho que pra perto de você.

Prometo ser mais ágil daqui pra frente.

P.s: E quando faltarem as palavras, que as músicas digam tudo aquilo que ficou por dizer.


D.F, 02:19 a.m. 07/27/10.