quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Loveology.


Eu já tentei, não vou mudar.. Já te falei, não há mais motivo pra eu tentar sempre te agradar, se o que você faz é o que me faz pensar, que o que você quer é alguém pra ocupar o lugar de quem não vai voltar. Quem não vai voltar, quem não existe mais, quem te deixou pra trás.
E o que eu senti, a um tempo atrás, nunca mudou nem vai mudar.. Pois saiba que apesar de eu tanto relutar, sempre vai ter alguém pra me fazer duvidar que o que a gente quer é alguém pra ocupar o lugar de quem não vai voltar, não vai voltar e não existe mais, quem te deixou pra trás.
Não há o que lamentar, não há o que conversar, há muito o que viver.
Esqueça nossa história, esqueça tudo que eu fiz por você, esqueça nós dois, me conte depois.. Como é viver sem lembrar?

O nosso mundo não é mais o mesmo, ouso dizer que nunca será, e o que foi.. nunca, com toda certeza, nunca será esquecido. Todos os dias eu penso no que poderia ter acontecido, mas logo me arrependo, pensando que eu sou um idiota por ainda pensar. Eu te deixei viver, nunca te pedi pra ficar.
Eu quero te dar a mão, mas você não me olha, penso que assim então "melhor eu me mandar"!
Saio cansado e vou perdido pela rua, você me nota e saí, pra então se desculpar.. Dizer que o tempo vai levar pra longe tudo que passou, e assim vou vivendo. Pra lembrar quem eu sou, pra salvar o que ainda restou do nosso tempo.
Você me disse que eu seria o único, enquanto durasse, o primeiro, porque os outros não tiveram importancia. Me vejo aqui, agora, tomando um gole de conhaque enquanto o da vez te traí com a primeira vagabunda da esquina!
Mas quando eu te vejo então, esqueço tudo e nada parece tão sério assim.. Você pra mim.
Eu volto pra casa e vou, com a tua mão na minha, pra assistir um dvd e depois se perder.. Dizer que o tempo vai levar pra longe tudo que passou e assim vou vivendo.
Por isso eu paro e penso, se tudo realmente valeu a pena, e sim, sem relutar, minha resposta é sim.


Pode ser assim, eu finalmente deixo de tentar encontrar as palavras pra te ter aqui. Mas quero perguntar, aonde você quer chegar? Eu deixo a memória e tudo que me faz lembrar.
Sem ninguém ao meu lado, eu vejo que eu não me esqueci, eu sinto que eu me enganei.
Sem ninguém ao meu lado, eu penso que eu não vivi por todo tempo que errei. (Ou foi você quem errou?)
E se não for perfeito agora nada mais vai poder fazer você voltar.. Enfim, o que eu mais quero, tudo que eu espero é ter você aqui.
Anoiteceu, mas faz tempo que a minha vida escureceu não sei ao certo quando isso aconteceu, só sei que o culpado.. fui eu.


E você, agora vai ter que ver, me ver indo embora. Pra nunca mais voltar, pra viver em outro lugar. Bem longe daqui, bem longe de ti. E eu vou seguir, sem me arrepender, sem conseguir entender.. porque eu não consigo mais voltar, porque eu não quero trocar de lugar com alguém, que já não existe mais, alguém que me deixou pra trás, alguém que nunca foi capaz.
E eu vou seguir, sem te aquecer, sem te esquecer, viver sem você aqui e esquecer pra onde devo ir. E um dia voltar, pra te mostrar o meu lugar, o teu lugar, aonde você nunca deveria estar.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

All Alone.


Será que é tão difícil pra todo mundo entender que a solidão era sua melhor companheira? Estar cercado de pessoas era uma coisa muito confortante e às vezes extremamente necessária, mas isso eram apenas momentos.
Na maior parte do tempo, quando o ócio o consome, sozinho é como ele quer estar.
Ele dispensa a companhia das pessoas, se afasta... Evita. ELE GOSTA de viver só.
Tem prazer, e não apenas pela sensação de liberdade que isso traz, o seu estado de espírito pede solidão! Apesar dos poucos anos de vida e de não muita responsabilidade, ele se tornou amigo do vazio, criou afeto pelo silêncio, virou amigo do nada, abraçou o inexistente.




O mundo não seria mais o mesmo com alguém ao seu lado, repugnância por companhia vinte e quatro horas por dia. Além de agora, ter que conviver com alguém, o que lhe era extremamente desagradável, ele teria que ir pra longe do mar, uma das coisas que ele mais amara!
S-O-L-I-D-Ã-O será mesmo que seria preciso soletrar?
Ele é uma criatura, sem amor, sem sonhos, sem vontades, exceto a do vazio.
Nunca pensara que seria tão difícil assim ficar sozinho, se isolar não bastaria?
Enquanto o mundo inteiro luta por alguém pra ter ao lado, ele só queria que ninguém ficasse ao seu lado, seu desejo mais profundo e mais sincero.



“Não desejo sua companhia e nem de mais ninguém, quero ficar só. Eu e minha solidão, meu vazio, minha vontade de não compartilhar nada com ninguém. Eu sei que pra você, é ruim não ter ninguém com quem conversar, mas é assim que eu sou, é assim que eu quero ser! Não gosto de ficar perto de gente muito tempo, principalmente de você... que sinceramente, enche meu saco.
Desculpa, mas é a verdade! Eu tenho que dizer o que eu tenho pra dizer e depois eu vou embora, eu juro. Mas é porque você me deixou escolhas, então agora escolha, escolha um outro alguém pra ficar ao seu lado, porque eu não quero, não consigo e não agüento.
O sozinho é meu melhor amigo e a solidão minha verdadeira companheira!
Não quero levar minha cama, meus cobertores, meus pertences mais queridos! Não quero ter duas casas, não quero, não quero e não quero!
Minha vida está boa demais agora, não acredito que isso vá realmente adiantar de alguma coisa, talvez pra você, mas não pra mim! Sei que tudo isso que estou te falando vai te machucar, mas é assim que eu me sinto. Não pense que é por causa dele, ou por sua causa... Sou apenas eu.
Eu e meu vazio, sou assim, gosto de ser assim e quero continuar sendo assim.
Sozinho, um andarilho sem família, um viajante sem destino, um cachorro sem dono, o resto do que sobrou.
All hope is gone. I am sorry. Adeus.”

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Good Day.

Novembro chegou. Junto dele um mundo de incertezas e perigos!


E agora? O que vem pela frente?
Eu vejo milhões de pessoas em mim, acho sentimentos escondidos dentro de um coração que se perdeu, e tentando por fim, achar quem comanda o verdadeiro eu.
O garoto escrevia seu nome na parede, esperando por outro a completar o coração que envolvia o vazio e o seu. Eu estive lá, eu pude sentir o que ele sentia.
Eu senti o ódio, o amor, a revolta, a discórdia, a humildade e a revolução.
Procurei naquela sala parcialmente vazia o que o garoto tentava encontrar.. Um rosto um reflexo, um vulto, uma dádiva, um choro, um grito, um pedido de clemência!
Em minha eterna mudez eu vi o garoto sair correndo da sala, em disparada como se algo lhe ocorresse imediatamente. Em passos longos e rápidos, os sapatos encharcados e os jeans velhos um tanto molhados pela chuva que caía do lado de fora, os dois primeiros botões da camisa abertos, uma tatuagem no peito, óculos de armação grandes enfiados no bolso da camisa, cabelos sutilmente embaraçados e despenteados. Ele desceu três lances de escada quase que num pulo, e com toda a velocidade que seu corpo lhe permitia correr pelo chão molhado da rua, ele correu. Com os olhos fixos num ponto, como se ele pudesse enxergar através das paredes, uma coisa que estava muito longe dali.
E eu? Ao lado dele, parecia flutuar sobre a nevoa. Permanecia parado, mas me movendo sem fazer um mínimo esforço. Eu podia o acompanhar por horas e horas sem me cansar, poderia o fazer até mais rápido que ele, podia transpassar paredes e no momento em que percebi que eu não era um ser vivente daquele mundo me perguntei se não poderia ajudá-lo a chegar mais rápido ao seu destino, ou se não poderia fazer o seu destino chegar mais rápido a ele. E em fração de segundo, me vi parado, ao lado dela.
Numa sala parcialmente vazia, onde ela tentava encontrar um rosto, um reflexo, um vulto, uma dádiva, um choro, um grito, um pedido de clemência!
Minha boca sequer se moveu, mas pude ouvir minha voz, mais calma e suave do que nunca, dizer: Ele te encontra, vai.
Ela saiu em disparada, em passos longos e rápidos. Os cadarços desamarrados, os shorts jeans um tanto molhados, uma camiseta sobreposta por outra, uma tatuagem no braço, um laço estranhamente lindo nos cabelos, um piercing no nariz e o sorriso mais brilhante da cidade. Ela se encontrava muito mais alta que ele, teve que esperar um elevador e ainda o desceu por mais de trinta andares. Um carro digno de chefão da máfia Italiana lhe esperava do lado de fora na rua. Ela pede pra que o motorista se retire, ela entra no carro e dirigi feito uma louca.
Por um momento eu desejei voltar a vê-lo e me transportei até onde ele estava, correndo sem parar, já muito próximo de onde ela estava. Ela com lágrimas nos olhos e sem muita noção de para onde deveria ir. Ele abrindo um sorriso. Ela perpassando olhares ansiosos pelas calçadas. Eu podia estar nos dois lugares ao mesmo tempo.
Meu cérebro estranhamente se dividiu em dois.
Ele a viu. Ela não. Ele correndo na rua vazia com apenas um carro vindo em sua direção. Ela olhando pros lados, não ligava pra rua vazia.
Ele esperando que ela parasse. Ela não parou.
O carro o atingiu em cheio, em alta velocidade. Um baque imenso, gritos, passos apressados, chuva, neblina, agora sangue, desespero e alívio.
Alívio dela, ao ouvir ele dizer: Eu precisava te ver, precisei voltar, não agüentei o silêncio, não agüentei ficar longe de você. Eu te amo.
Eu te amo, eu te amo e eu te amo. Pra Semp...
Ele cerrou os olhos e então nunca mais a viu.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Remembering Sunday.



Os dois se encontravam sempre a frente da mesma livraria, impecavelmente vestidos, com os mesmos pares de calçados. Por vezes, ela o fez pensar, que não estaria suficientemente bonita para acompanhar a sua beleza, mas em sua infinita humildade, ele sempre lhe repetira inúmeras vezes o quanto ela estava linda e radiante, sempre.


Da livraria, uns beijos em frente as lanchonetes, e dali, diretamente pro táxi, onde o cérebro já começa a liberar hormônios, enquanto os dedos mais longos, sentiam cada poro da pele morena da moça se eriçar com um leve toque a sua cintura e um beijo, quente como fogo em brasa, mas suave como o pouso de uma delicada ave, e ao mesmo tempo apaixonante, como se fossem únicos no mundo e o mundo único pra eles!


Ao chegarem no velho apartamento, que apesar de anos, tinha um aspecto muito aconchegante, com móveis de segunda-mão relativamente bonitos e uma fina camada de poeira sobre eles.. foram logo se dirigindo ao menor dos quartos, onde uma cama "tamanho-de-rei" se encontrava aos lençóis manchados de suor e cobertores caídos no chão. Ao pé da cama um violão, e na parede palavras escritas em vermelho sangue, cujo ambos sabiam que era apenas tinta.


As mangas compridas, charmosissímas, segundo ela, estavam radiantemente mais brancas do que de costume naquela tarde, e após tirarem apenas os sapatos, foi que ela percebeu, que algo não iria sair como de costume. Após os seguintes dizeres com sua voz meio grave, meio rouca, inconfundível "Por favor, fecha os olhos". O barulho de um zíper se abrindo e de repente... "Pode abrir!"


A garota se deparara com um anel, simples, bem polido e extremamente brilhante, discreto, exceto pela faixa de ouro no meio da circunferência perfeita, de prata pura. De joelhos, ele entoa na voz mais suave que toda sua vontade conseguiu reunir "Let's make it official, now?"

Ela lhe estendeu a mão direita onde calmamente ele pusera o anel no dedo anelar, contemplando, como se fosse a realização de um sonho! Do bolso ele tira um exatamente idêntico, exceto pelo tamanho, lhe entrega e ela o põe exatamente como ele o fez. Ao final, uma música que eles conheciam muito bem, tocava ao fundo.. ele já subira na cama e estava em cima dela, que sorria como um alguém inocente, como se não soubesse o que estava por acontecer. Num súbito movimento, a mão dele lhe encosta nos quartos e lhe aperta com força. As dela, sob a camisa dele, com as unhas muito bem afiadas, obrigado, arranhando-o como se não tivesse pena nenhuma da sua pele também morena, onde agora se encontrava vermelha e quente, com quatro marcas idênticas de cada lado.


Pouco demorou até as camisas e calças estarem no chão. O que se podia apenas ouvir era suas respirações ofegantes, os cheiros dos perfumes no ar, e o quente, o calor, a brasa que os corpos faziam um ao outro, com os toques semi-nus e todas as partes do seu corpo. Barriga a barriga, encaixadas perfeitamente, como se tivessem sido moldadas, ambos tinham corpos muito bonitos; Ela magra, estatura média, com seios fartos e cintura exatamente perfeita. Cabelos um pouco abaixo dos ombros, castanho escuros que combinavam muito bem com a sua cor, moreno-caju. Seus olhos, castanho-esverdiados com pupilas simetricamente redondas, como se pudesse ver através de tudo que quisesse.

Já ele, com seu corpo não tão grande em proporções, mas devidamente definido e malhado, com ombros largos e braços torneados, rígidos e fortes por segurar grande parte do seu peso, em sutil tentativa de não descarregar toda sua massa sobre ela. Seus cabelos eram lisos e castanhos muito claros, na luz do sol, quase louros. E seu sangue de antepassados negros não o deixava muitos pelos sobre o corpo, via-se que era completamente desnecessária qualquer retirada de pelo daquele corpo.


Um mundo inteiro girava na cabeça dos dois, quando já estavam completamente nus, mais suor, mais hormônios, milhões de células pulsando e a energia, praticamente visível se transpassando de um corpo a outro. Como ondas, eles eram completamente perfeitos, visto de um certo angulo, como num filme de cinema antigo. Eram encaixes perfeitos, álibis irremediáveis, amantes, cúmplices, amores, eram tudo que de mais bonito havia no amor.
 E então, o fizeram, fizeram amor como nunca haviam feito antes, forte! Ora lento, hora rápido, mas intenso, a cada minuto mais fundo as unhas azul-bebê dela o furavam as costas, as cobertas completamente encharcadas de suor, de fato fazia muito calor ali. Mas eles não ligavam, o fluxo de amor entre os dois era tão grande, que parecia que brisas salgadas e frias do mar passavam pelo quarto em que estavam, se roçando e fazendo a forte cama balançar. As doses de belas palavras (sim, belas palavras e não sacanagem.. faziam AMOR, não somente casual sexo) eram emitidas como melodias, um ao outro.


Eles irradiavam paixão quando trocavam olhares apaixonados com fortes doses de prazer, puro e lindo. E o continuavam fazendo, sem parar, com um fôlego jamais visto antes. E não se contentaram apenas uma vez, naquela tarde, após aquela lindíssima declaração, eles estavam decididos a se esgotarem, a perderem todas as forças, braços, pernas, voz. Ela emitia sons de prazer como jamais o fizera antes, era o ápice da sua verdade. Entre beijos e mordidas até onde as bocas conseguiam alcançar, ali entrelaçadas as pernas, um em cima do outro. Era exatamente ali onde desejavam estar, em lugar nenhum outro, a não ser ali.


E por fim, suas forças foram batidas e então cessaram por ora. Ao final, encontravam-se deitados em uma rede, alvíssima, num terraço meia-boca, mas com uma das vistas mais lindas do mundo, um pôr-do-sol em tons de rosa e roxo, com filetes azuis meio anil, meio claros. Aconchegadamente abraçados, como se estivessem morrendo de frio numa noite calafriante, estavam os dois ali, frutos do mais puro amor que já ousara existir. E ele murmurava "Ah, eu pra sempre vou te amar." E ela, com o olhar fixo em sua boca "Enquanto houver ar pra respirar."

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A Certain Romance.


Um dia eu te escrevi "I'd rather die than be only your friend."
A uns dias atrás te escrevi "I miss you so badly."
Hoje estou escrevendo "I'd rather be with you than die."
Daqui uns dias irei te escrever "I badly miss you."

Um dia tu me escreveu "I'd rather live and be your friend, lover, and your everything."
A uns dias atrás tu me escreveste "I miss you too, miss our bullshits, miss our conversations."
Hoje tu me escreves "I'd rather share your company than be alone."
Daqui uns dias tu me escreverá "Thank you! I miss you! I want you! I need you!"

Me contaram que na tua carteira ainda anda uma foto minha, soube pelos que andam por lá.. que meu nome ainda é mencionado na mesa de jantar. Que a cor dos meus olhos ainda brilham nos teus, que as vezes quando te falta o ar pra respirar, tu deseja meu nome pra te ajudar.
Te contaram que na minha lua ainda brilha a cor dos teus olhos, soubestes pelos que andam por aqui.. que o ar que eu respiro é me dado pelo teu nome. Que na minha mesa de jantar, ainda tem uma foto tua.. e é pra ela que eu sempre olho, te pedindo pra me ajudar.

Então.. como vai você agora? Apenas vai e vem.
Pelo gosto dos biscoitos os amantes estão em apuros.
Me desculpe. Vá em frente.
Você não é Victoria a rainha Indie. Você é uma rockstar com seus cigarettes.
Eu dirijo a noite inteira. Apenas pra ser chamado de Sr. Confusão.
Enquanto você escuta sua canção de ninar. Tudo que eu preciso.
Porque eu nasci nos anos 80. E esse é o meu rise and fall.

sábado, 2 de outubro de 2010

listerine and beer


Eu quero te levar pra longe.. longe dos cínicos dessa cidade! Quero ver em ti um mundo de coisas que preciso saber antes de morrer. O vento frio e salgado da brisa do mar, bateu em meus olhos como se fossem as últimas felicidade de um moribundo ao longo de setenta anos. Que nos seus últimos dias de vida, viu.. viu o mundo acabar, viu tudo que ele sempre quis desabar.



Como um olhar perplexo de tudo que a gente deixou pra trás, eu me vejo através de um espelho, completamente sem paz. Eu desejava ter tudo aquilo em que julgava felicidade, mas de longe percebe-se que o útil é essencial pro desconforto e que o efêmero é desconfortável pro útil.


Eu te deixei viver, eu te vi morrer, como o longo percurso das solas dos pés dos sobreviventes!
Ao som das Bossas Novas e das bandas marchantes de Manhattan, eu vivi os épicos festejos de tudo que se pareceu com a forma da tua silhueta.


Teu carro, tuas sapatilhas, teus círculos nos jornais, teus anéis sem cor, tuas pintas cheirosas, teu cabelo sujo, teu piercing no nariz, nossos óculos tortos, meu perfume, nossas horas de mudez, tuas falas de 'eu te amo', meus jeans desbotados, teus cadarços desamarrados, eu, você, nós, aqueles, aqui, onde, porque, quando? Quando tudo isso vai passar? e eu vou poder respirar em paz, mais uma vez.

sábado, 25 de setembro de 2010

Transatlanticism.


Não tente me mostrar a diferença entre estrelas cadentes e satélites do banco de passageiros, você está me levando pra casa. Meus pés do lado de fora da janela, esperando que o mundo frio do lado de fora me leve pra algum lugar em que não exista tudo aquilo que eu sempre quis apagar,
Se você precisar de direções, eu serei o teu guia, o tempo inteiro, o dia todo.
Com a cabeça encostada nos meus ombros e os olhos cansados de tanto procurar, por algo que sabia que nunca iria encontrar.. apenas me leve pra casa.
Eu puxei a janela pra baixo e ai comecei a respirar, as estradas escuras desse país e a grama verde do lado de fora do banco de passageiros.. apenas me leve pra casa.
Te dizer a diferença entre estrelas cadentes e satélites, até o dia em que nossos carros colidirem e eu te pedir um sorriso.
Se você se sentir sem graça, eu sei a razão da tua vergonha, o tempo inteiro, o dia todo.
Porque eu preciso de você MUITO mais perto.. So come on!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Till touch the hell


Amor não é apenas o segurar de mãos. É sentimento quase sempre irregular, sem direção.
Falta de ar, twist na barriga, ansiedade e indecisão. O amor as vezes toca os lugares mais obscuros da alma, fazendo florescer girassóis, instigando tatuagens e marcando emoções.
Sinto que o sentir por demasia pode ser perda de tempo. O amor é como cozinhar. Sim, cozinhar, mas não fritar ovo e fazer brigadeiro. É uma receita extremamente difícil, das quais os maiores mestres cuca do amor ainda sim sentem um certo receio quando o mixam a um pudor sem juras, uma infindável solidão.

Todo mundo sabe que tem algo errado, ninguém sabe o que está acontecendo. Eles estão todos cantando aquela mesma velha música. Se mexendo pra lá e cá, com forte nível de inquietude, simplesmente pro tempo passar e o tédio afanar o desejo irrepreensível de ter tudo AQUI e AGORA!
Mas nem tudo é assim.

Amor não é apenas o segurar de mãos. É suor, chocolate, cabelos sujos e acordes tremulos.
Sinapse vagarosa, sinal vermelho, iTunes em podcasts e asas pra voar.
Eu sempre imaginei como seria minha vida amorosa com o passar do anos, tentando buscar respostas pras perguntas mais frequentes sobre corações cor de rosa e alianças douradas.
Nunca fui muito eloquênte, meus olhos falam mais do que meus lábios, meus dedos falam mais que minhas palavras e certas vezes, por impulso ou traíção, me perco em pensamentos absurdos sobre linguagem corporal.

Mas o ponto final aonde eu não quero que termine, é que... Apesar de todo o 'come and go' do amor, o que seria de nós, simples mortais, que sentem frio, fome e sono, sem essa angústia de 7 chaves chamada de amor? Todo mundo sente, todo mundo já sentiu. Seja por alguém, algo ou só por imaginação. Corpo, mente ou coração.. Sempre temos que escolher, porque o amor faz deles, inimigos eternos, sem perspectivas de uma conciliação num futuro próximo.


E tudo isso não passa de uma mentira, um passa-tempo que deus inventou. Como um filme antigo dos anos 30, onde tu se resolvia com um revolver, um paletó sujo, ou um botão de flor roubada de um jardim de rosas. Eu, você e mais ninguém. Só nós dois e ninguém mais. Um mundo estranho que roubava sonhos à nosso favor. Ah, eu e você.

domingo, 1 de agosto de 2010

Avassalador, chegou sem avisar.

Mãos tremulas e suadas. Rostos perplexos e uma subita vontade de te abraçar, mesmo nunca tendo em vista o teu olhar. Unicas opções de consolo resumem-se a um teclado encardido e um monitor frio. Mas a saudade do que nunca vi irá passar, pouco mais de 18 horas até minhas glandulas odoríferas sentirem o doce cheiro do teu perfume e meus receptores de meissner aconchegarem-se em teus braços. Eu sou beijos, abraços e calor. Sou sentimento, emoção e amor. Como tudo que um dia vai e vem, eu vou e volto, com uma vontade imensa de estar ai, de poder discutir.. Por um assunto sem sentido, ou simplesmente te ouvir falar ao pé do ouvido.


Como tudo que um dia não tem fim, um carrossel de cavalos marinhos em mim. Um dia você vai me ver, e eu vou estar lá, pronto pra você, completamente preparado pra te amar. Saiba que sou muito mais do que eles dizem por ai, o desperdicio de TUDO, sem fim. Meu cerébro brigou com meu coração, uma disputa de cabo à rabo, pra ver quem tem mais razão.. E a pura verdade é que, ninguém sabe lá o que se passa no meio dessa confusão, e no fim, tudo viram cinzas, sem explicação.


Eu te vejo em todo lugar, quarto, cozinha, banheiro e na sala de estar. Tento (em vão) te materializar, pra vê se ao menos consigo te tocar, em tentativas frustradas de mágia em prol do amor, eu me retiro até desencantar. Mas eu sei, que uma hora isso vai passar, e eu vou te ter aqui, ao lado meu, aproveitando o nosso lugar.


Como um salto no escuro e no vazio, você me apareceu, não sei bem dizer de onde veio nem como chegou, mas com certeza algo aqui tremeu e abalou. Divido meus pensamentos em preocupação e ansiedade, numa tentativa de saber aonde tu está, com quem tu andas, a quantas andam e se andam sem direção. Perfeita simetria, filmes de guerra e canções de amor, sete mil destinos e simples de coração... Surfando karmas e DNA, tchau radar!


* Eu danço no campo minado, desafio demonios em dias de chuva. Eu vivo sempre virado, colhendo teus beijos com gosto de fruta.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Remember me.




Gandhi disse: "Qualquer coisa que você fizer na vida, será insignificante.. Mas é muito importante que você o faça. Porque ninguém mais irá."

Você pode não saber qual é o significado da sua vida, e não precisa. Precisa apenas saber que ela significa alguma coisa. Toda vida tem um significado mesmo que dure 100 anos ou 100 segundos. Toda vida tem. E cada morte muda o mundo do seu próprio jeito. Gandhi sabia disso. Ele sabia que sua vida significava alguma coisa, pra alguém, em algum lugar, de alguma forma. E ele sabia com muita certeza que ele jamais saberia o significado dela. Ele entendeu que viver a vida deve ser mais uma grande preocupação do que um entendimento. E eu também. Você pode não saber, então não leve isto por certo, não leve isso muito a sério. Não adie o que você quer, não deixe que nada o impeça. Apenas tenha certeza de que as pessoas com que você se preocupa saibam. E tenham certeza do que você realmente sente, porque só assim, tudo pode acabar.



* Aos 22 Gandhi tinha 3 filhos, Mozart 30 sinfonias e Buddy Holly estava morto.

Eu procurei em livros velhos e em memórias de cartomantes do passado, notas aeronáuticas de ex-fuzileiros que sobreviveram a Pearl Harbor, tudo que achei foram ruínas (que eu mesmo destruí) na minha cabeça. Me disseram que eu tinha que continuar, sem ter porque esperar, eu tentei, lutei, voltei, arrisquei (outra vez) apenas pra ter certeza de que eu estava errado desde o começo. Sinto falta de alguns olhos claros, pele morena e cabelos sujos. Sinto falta de alguns sorrisos, abraços, cheiro de confusão e ocitocina na veia. Meus pulmões cansam de respirar, acordo no susto de corpos caindo do 4º andar e o gelo do meu sangue não me deixa sentir remorsos. Sou assim, um assassino dentro de mim, como jamais puderam imaginar. O inferno é aqui.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Heads up, hearts down.




Fortes mãos, fortes mentes. Forte o tempo inteiro. Sempre em frente, sempre bem definido!
Ninguém quer saber que o homem supera tudo. Ele é nobre e também muito cego.
Nós somos mais velhos agora e já não precisamos de ninguém com quem se preocupar!
A inocência que deixamos pra trás, é apenas uma bondade que está fora de moda!
Seja escura, ou seja fria, de modo conflituoso, nenhuma mão pra segurar!
Não há espaço aqui pra negrito! Eu prefiro me retirar para uma sala vazia onde meu ser seja apenas mais 50 kg de ossos e carnes fracas!
Eu queria ter o poder de fazer tudo que eu quisesse!
Tua cabeça é tão dura que nem uma broca de diamantes consegue perfurar-lá e tentar te fazer mudar de idéia!
Quando os carros se encontraram de frente na esquina o retrato que tu guardavas na parede de teu quarto caiu no chão, como uma pedra de vidro que embora seja pesada é frágil como uma borboleta. Nessa cidade você é a luz da lua refletida no mar quente da meia-noite, você é meu tudo. Nadie.



Éramos 4, 2 caíram pelas tabelas e os restos foram afastados de nós!
Então restamos eu e você, e a nossa solidão. Entre 4 paredes éramos nós e o mundo lá fora.
Não importa aonde eu vá, as pessoas amam me dizer "não!"
E quando a última folha da árvore que reside defronte a tua residência, tocou o frio do asfalto, minhas lágrimas inundaram um velho travesseiro que servia de consolo nas horas de desespero.
Eu queria ter o poder de poder fazer tudo que eu quisesse.
As noites em que a exclusão assola minha vida são as noites em que eu daria um pedaço da minha cabeça pra te ter ao meu lado. Nadie.
E depois que o dinheiro fazer o mundo girar, nossos sonhos não serão esquecidos, nossas vontades nunca mais serão saciadas, a não ser as momentâneas! Os dias em que o sol brilhar no teu traseiro serão os dias mais engraçados dos momentos em que dividirmos dentro de um cubo de gelo, feito de amor.
Eu queria ter o poder de poder fazer tudo que eu quisesse.
Mais que planos de fundo e roupas combinando, tu és das mais inúmeras, a perfeita singular, o melhor dos encaixes, o eixo que faz a máquina funcionar! És das explosões, as mais coloridas, no entanto, muito pouco efusivas, ainda bem!

Nadie.
Ego diligo tu. ♥

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Quem é você agora?


­­­ ­
Me
abrace
ao
acordar!

Quero sentir o calor dos teus braços envolvendo meu tronco, num ato de sinceridade amorosa com um mix da vontade de arrancar o pouco de roupa que cobre meu corpo e me deixar liberar todas as quantidades armazenadas de endorfina e ocitocina que restam no meu corpo!
O espelho confundiu tudo que estava aqui dentro da minha cabeça e agora as idéias antagônicas que martelavam os pregos da minha mente, desnorteadas ficam catatônicas!

Um "adeus" vai apagar!
Eu procurei ao longo dos meus poucos 16 anos de vida, algum corrimão de segurança em que eu pudesse saber que pro resto da minha vida estaria ali, pra up or down.
Eu não quis saber quais seriam as consequências dos meus erros, por isso eu insisti e fui a fundo nas perguntas que eu não consegui parar de fazer a ti.

Folie a Deux.
É o que eu quero, o que eu preciso!
Uma dose de Folie, pra me tirar desse stress, pra me levar pro mundo em que só existe quem eu quero que exista. Pra lavar toda essa confusão que assola as dúvidas mais demoníacas e que nenhum "aleluia" pode afastar! Pra desempacar essa dor alucinante que persiste em ficar aqui, me acompanhando como se fosse uma sombra, uma perseguição de mundos irreais.

Amor e a maneira mais rápida para a solidão.
O mundo inteiro te odeia, oh Deus, eu sou um cantor e acho que vou continuar cantando sozinho.
O mundo inteiro te odeia, eu quero cantar, eu quero cantar, mas quero cantar sozinho. O paraíso não está tão longe, eu posso ouvir as cantigas vindo de lá. Oh Hell, o paraíso não está tão longe, lá eu irei encontrar essa droga que eles chamam de amor, ou a maneira mais rápida para a solidão.
Anistia e o meu próprio sentimento, eu cortei minha auto-estima e então o paraíso não está mais nem ai! E eu subitamente não consigo tirar isso da minha cabeça, não consigo tirar isso da minha cabeça!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

handcuffs and alibis


Não fui eu nem foi você, quem matou a poesia!
E não há nada a se fazer, de agora em diante, hoje em dia.
E como diria Tavares, foi a falta de visão que me levou a tudo isso. Hoje eu acordei pensando que o dia teria adrenalina nas pontas dos dedos (mas sem saber, eu estava errado) Abri as páginas do livro em preto e branco que eu deixei a ser preenchido enquanto eu lembrava os dias em que eu tive tudo que eu sempre quis ter.
Eu nunca pensei que eu pudesse juntar todas essas coisas numa caixa de sapatos e afóga-las na beira de um rio (que por um infame erro, não havia água)!
Eu decidi que iria lutar até todas as minhas forças acabarem, até meus pés sangrarem em cima dos cacos de vidro e pontas de cigarro acesas que lendários deixaram no meu caminho! Lembranças do que não foi, ecoam pelas profundezas do meu cerébro até que me tirem dessa jaula em que minha alma não encontra a tua.
Lembranças do que eu devia ter deixado pra trás, e que nunca vou conseguir lembrar novamente.
Eu teria fraqueza o bastante pra cair de joelhos e chorar pelas cordas que se arrebentaram? Eu teria lágrimas o suficiente pra chorar pelas cordas que eu considerava mais fortes que eu? Eu teria fortes cordas pra guardar e lembrar o dia em que eu caí de joelhos chorando e lembrando a fraqueza que eu senti!
Esse dia chegou, e eu me vi numa encruzilhada onde os laços que amarravam tua trança se desfizeram e então eu percebi que ali era o meu lugar.
Não fui eu nem foi você.. que me fez perceber o que me deixa sem ar.

thank you for the venom!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Desde quando você se foi



A estrada do lado de fora da minha casa é pavimentada com boas intenções.
O inferno é na maquina e você é o sonhador.. nós somos o sonho!
Eu poderia escrever isso melhor do que você já sentiu.
Então murmure aleluia, apenas a chave da razão!
Eu achei que te amava, isso era apenas como você parecia na luz.
Nosso juramento adolescente no estacionamento "até que hoje a noite nos parta"
Eu canto as tristezas e as engulo também! ENTÃO MURMURE ALELUIA!
É tudo um jogo disso ou daquilo, agora contra aquele tempo, hoje é 'melhor' contra 'palavras pra vestir' e você é alguém que conhece alguém que eu conheci uma vez!
E EU SÓ QUERO SER PARTE DISSO!
A estrada do lado de fora da minha casa é pavimentada com boas intenções.
Eu ando com luas, falo com invernos, visto palavras e sacrifico sentimentos.
Entre os macacos nas copas das árvores e os seis mil e duzentos metros que nos separam!
Whooa-aah!