quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

handcuffs and alibis


Não fui eu nem foi você, quem matou a poesia!
E não há nada a se fazer, de agora em diante, hoje em dia.
E como diria Tavares, foi a falta de visão que me levou a tudo isso. Hoje eu acordei pensando que o dia teria adrenalina nas pontas dos dedos (mas sem saber, eu estava errado) Abri as páginas do livro em preto e branco que eu deixei a ser preenchido enquanto eu lembrava os dias em que eu tive tudo que eu sempre quis ter.
Eu nunca pensei que eu pudesse juntar todas essas coisas numa caixa de sapatos e afóga-las na beira de um rio (que por um infame erro, não havia água)!
Eu decidi que iria lutar até todas as minhas forças acabarem, até meus pés sangrarem em cima dos cacos de vidro e pontas de cigarro acesas que lendários deixaram no meu caminho! Lembranças do que não foi, ecoam pelas profundezas do meu cerébro até que me tirem dessa jaula em que minha alma não encontra a tua.
Lembranças do que eu devia ter deixado pra trás, e que nunca vou conseguir lembrar novamente.
Eu teria fraqueza o bastante pra cair de joelhos e chorar pelas cordas que se arrebentaram? Eu teria lágrimas o suficiente pra chorar pelas cordas que eu considerava mais fortes que eu? Eu teria fortes cordas pra guardar e lembrar o dia em que eu caí de joelhos chorando e lembrando a fraqueza que eu senti!
Esse dia chegou, e eu me vi numa encruzilhada onde os laços que amarravam tua trança se desfizeram e então eu percebi que ali era o meu lugar.
Não fui eu nem foi você.. que me fez perceber o que me deixa sem ar.

thank you for the venom!

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