segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Till touch the hell


Amor não é apenas o segurar de mãos. É sentimento quase sempre irregular, sem direção.
Falta de ar, twist na barriga, ansiedade e indecisão. O amor as vezes toca os lugares mais obscuros da alma, fazendo florescer girassóis, instigando tatuagens e marcando emoções.
Sinto que o sentir por demasia pode ser perda de tempo. O amor é como cozinhar. Sim, cozinhar, mas não fritar ovo e fazer brigadeiro. É uma receita extremamente difícil, das quais os maiores mestres cuca do amor ainda sim sentem um certo receio quando o mixam a um pudor sem juras, uma infindável solidão.

Todo mundo sabe que tem algo errado, ninguém sabe o que está acontecendo. Eles estão todos cantando aquela mesma velha música. Se mexendo pra lá e cá, com forte nível de inquietude, simplesmente pro tempo passar e o tédio afanar o desejo irrepreensível de ter tudo AQUI e AGORA!
Mas nem tudo é assim.

Amor não é apenas o segurar de mãos. É suor, chocolate, cabelos sujos e acordes tremulos.
Sinapse vagarosa, sinal vermelho, iTunes em podcasts e asas pra voar.
Eu sempre imaginei como seria minha vida amorosa com o passar do anos, tentando buscar respostas pras perguntas mais frequentes sobre corações cor de rosa e alianças douradas.
Nunca fui muito eloquênte, meus olhos falam mais do que meus lábios, meus dedos falam mais que minhas palavras e certas vezes, por impulso ou traíção, me perco em pensamentos absurdos sobre linguagem corporal.

Mas o ponto final aonde eu não quero que termine, é que... Apesar de todo o 'come and go' do amor, o que seria de nós, simples mortais, que sentem frio, fome e sono, sem essa angústia de 7 chaves chamada de amor? Todo mundo sente, todo mundo já sentiu. Seja por alguém, algo ou só por imaginação. Corpo, mente ou coração.. Sempre temos que escolher, porque o amor faz deles, inimigos eternos, sem perspectivas de uma conciliação num futuro próximo.


E tudo isso não passa de uma mentira, um passa-tempo que deus inventou. Como um filme antigo dos anos 30, onde tu se resolvia com um revolver, um paletó sujo, ou um botão de flor roubada de um jardim de rosas. Eu, você e mais ninguém. Só nós dois e ninguém mais. Um mundo estranho que roubava sonhos à nosso favor. Ah, eu e você.

domingo, 1 de agosto de 2010

Avassalador, chegou sem avisar.

Mãos tremulas e suadas. Rostos perplexos e uma subita vontade de te abraçar, mesmo nunca tendo em vista o teu olhar. Unicas opções de consolo resumem-se a um teclado encardido e um monitor frio. Mas a saudade do que nunca vi irá passar, pouco mais de 18 horas até minhas glandulas odoríferas sentirem o doce cheiro do teu perfume e meus receptores de meissner aconchegarem-se em teus braços. Eu sou beijos, abraços e calor. Sou sentimento, emoção e amor. Como tudo que um dia vai e vem, eu vou e volto, com uma vontade imensa de estar ai, de poder discutir.. Por um assunto sem sentido, ou simplesmente te ouvir falar ao pé do ouvido.


Como tudo que um dia não tem fim, um carrossel de cavalos marinhos em mim. Um dia você vai me ver, e eu vou estar lá, pronto pra você, completamente preparado pra te amar. Saiba que sou muito mais do que eles dizem por ai, o desperdicio de TUDO, sem fim. Meu cerébro brigou com meu coração, uma disputa de cabo à rabo, pra ver quem tem mais razão.. E a pura verdade é que, ninguém sabe lá o que se passa no meio dessa confusão, e no fim, tudo viram cinzas, sem explicação.


Eu te vejo em todo lugar, quarto, cozinha, banheiro e na sala de estar. Tento (em vão) te materializar, pra vê se ao menos consigo te tocar, em tentativas frustradas de mágia em prol do amor, eu me retiro até desencantar. Mas eu sei, que uma hora isso vai passar, e eu vou te ter aqui, ao lado meu, aproveitando o nosso lugar.


Como um salto no escuro e no vazio, você me apareceu, não sei bem dizer de onde veio nem como chegou, mas com certeza algo aqui tremeu e abalou. Divido meus pensamentos em preocupação e ansiedade, numa tentativa de saber aonde tu está, com quem tu andas, a quantas andam e se andam sem direção. Perfeita simetria, filmes de guerra e canções de amor, sete mil destinos e simples de coração... Surfando karmas e DNA, tchau radar!


* Eu danço no campo minado, desafio demonios em dias de chuva. Eu vivo sempre virado, colhendo teus beijos com gosto de fruta.