sábado, 2 de outubro de 2010

listerine and beer


Eu quero te levar pra longe.. longe dos cínicos dessa cidade! Quero ver em ti um mundo de coisas que preciso saber antes de morrer. O vento frio e salgado da brisa do mar, bateu em meus olhos como se fossem as últimas felicidade de um moribundo ao longo de setenta anos. Que nos seus últimos dias de vida, viu.. viu o mundo acabar, viu tudo que ele sempre quis desabar.



Como um olhar perplexo de tudo que a gente deixou pra trás, eu me vejo através de um espelho, completamente sem paz. Eu desejava ter tudo aquilo em que julgava felicidade, mas de longe percebe-se que o útil é essencial pro desconforto e que o efêmero é desconfortável pro útil.


Eu te deixei viver, eu te vi morrer, como o longo percurso das solas dos pés dos sobreviventes!
Ao som das Bossas Novas e das bandas marchantes de Manhattan, eu vivi os épicos festejos de tudo que se pareceu com a forma da tua silhueta.


Teu carro, tuas sapatilhas, teus círculos nos jornais, teus anéis sem cor, tuas pintas cheirosas, teu cabelo sujo, teu piercing no nariz, nossos óculos tortos, meu perfume, nossas horas de mudez, tuas falas de 'eu te amo', meus jeans desbotados, teus cadarços desamarrados, eu, você, nós, aqueles, aqui, onde, porque, quando? Quando tudo isso vai passar? e eu vou poder respirar em paz, mais uma vez.

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